Wednesday, June 11, 2008

Thais Martinez fala de design na Web


Volta ás origens

Sinceramente precisava desabafar... Quantas ferramentas inúteis tenho visto dentro dos sites a cada indexação nos gigantes buscadores. Acredito que os designers tenham que começar a ter mais embasamento teórico, para que servem os ícones, a usabilidade, a navegabilidade...

O que tem acontecido é que o mercado anda numa grande febre de páginas embasadas em flash, com desenhos absurdamente confusos, botões com nomes banais e sem função alguma a agregar ao usuário.

Muitos elementos estão repetidos no mesmo site à exaustão e excesso de recursos eletrônicos que banalizam o trabalho do designer, que ao invés de valorizar a mente pensante do designer acaba o deixando ainda mais suscetível ao que o mercado impõe.

Os Jobs estão cada vez mais idênticos, parece que foi estabelecido um padrão a ser seguido na linha criativa. È simples, só pegar um segmento mercadológico e começar a avaliar os sites expostos ao consumidor. Muitos deles têm a mesma cara, o mesmo formatinho preguiçoso, a criatividade foi substituída por um mundo vago, sem inspiração. Onde o cenário deveria ser bem diferente, valorizando a intelectualidade e abusando da criatividade para coisas usuais, ousadas, que realmente façam a diferença.

O rotulo da web 2.0 está me parecendo algo careta, são tantas as ferramentas, tantas as possibilidades e porque está tudo igual? Precisamos de coisas inovadoras e não bonitinhas, fofinhas, que chamem a atenção do usuário só naquele momento e não crie uma fidelização para a leitura do conteúdo. Abordo o design porque ele é uma ferramenta instigante para a venda de conteúdo, sem ele tudo se torna chato, lembrando que a concorrência dentro da rede é vassaladora.

Segundo uma matéria que li, onde Benjamim Cox, da Central Illustration Agency, de Londres, a tendência é resgatar os valores manuais. As pessoas se enfadaram com os desenhos propostos pela máquina e querem ver aqueles diferentes, que disse no inicio do texto, querem ver coisas criativas feitas à mão e finalizadas é claro, no micro. Os softwares de design são previsíveis, temos que exercitar uma produção digital diferente!

O Neobarroco poderá surgir. Estamos na mesmice, as vinhetas hiper, mega coloridas já desgastaram o leitor, se a solução será formas geométricas, não sei, mas uma única coisa posso afirmar, que dentro desta obra inacabada que é a internet, podemos experimentar, abusar das experiências sensoriais e aproveitar mais a nossa criatividade e copiar menos!

Ilustração retirada do Blog de Brinquedo