Monday, April 23, 2007

Nova tela leva futebol à lata de cerveja

Os cenários supercoloridos e iluminados das metrópoles de ficção científica parecem exagero de Hollywood? Pareciam. Uma nova tecnologia que está sendo desenvolvida por um grupo internacional promete tornar realidade roupas que mudam de cor e latas de cerveja que trazem resultados da última rodada do campeonato de futebol. São os Oleds, sigla em inglês para "dispositivo emissor de luz orgânica". Os Oleds são feitos de uma fatiazinha de plástico flexível que usa a energia solar e é capaz de transmitir eletricidade. Com eles será possível gerar luz e inserir telas em praticamente qualquer superfície. A tampa do seu iogurte vai avisar se ele passou da data de validade. O pacote de bolacha vai trazer informações sobre a nutrição dos seus filhos. O seu vestido rosa poderá se transformar em preto no meio do dia se você mudar de humor. A novidade promete uma revolução em campos muito diferentes. De um lado, pode haver uma economia mundial de milhões gastos em iluminação. De outro, a indústria da moda nunca mais será a mesma. E no meio do caminho a internet vai, de fato, chegar a todos os lugares. Esse tipo de tecnologia surgiu de uma descoberta feita há 15 anos (de que alguns tipos de plástico conseguem transformar luz em eletricidade e eletricidade em luz) e é uma realidade hoje. Ela já é usada em alguns modelos de celulares e MP3 players. Falta, no entanto, desenvolvimento para que ela possa ser usada em telas maiores, do tamanho de TVs e computadores. Falta, mas por pouco tempo. Treze grupos de nove universidades e duas empresas, liderados pela Universidade de Bath, no Reino Unido, pretendem gastar US$ 1,7 milhão em um projeto de três anos para melhorar o conceito dos Oleds. Seu objetivo é tornar a tecnologia apta para a produção em massa. Ao todo, seis países (Reino Unido, Estados Unidos, China, Bélgica, Itália e Dinamarca) estão envolvidos.

1 comment:

Laços & Traços said...

Bem, antes de mais nada: Socorro... Deixando, porém, reações mais imediatas à parte, achei bastante interessante a parte que menciona que a nova tecnologia pode ser usada para dizer se uma pessoa mudou de humor, alterando a cor de sua roupa. Isso me levou a pensar no que poderia levar uma pessoa a vestir uma tecnologia dessas. E quando não for uma pessoa, mas muitas? É para se pensar, se como indivíduo e como sociedade, o ser humano ganhará ou perderá alguma coisa com a magnificação de algo tão particular quanto o humor. Se reconhecer de longe, se alguém está mais inclinado ou não a uma aproximação, ajudará a aproximar as pessoas ou as afastará cada vez mais. A conveniência de saber de antemão se alguém está mais aberto a uma aproximação seria benéfica para os relacionamentos? A dinâmica dos relacionamentos interpessoais, com essa nova interface, criaria outros mecanismos de interação que seriam adicionados aos antigos ou estaríamos tornando obsoletos parte dos antigos, sem oferecer substitutos? Substitutos seriam necessários ou as necessidades humanas de atenção e sociabilidade se adaptarão? Adaptações nesse sentido fariam o ser humano mais feliz?