Friday, April 10, 2009
A mais nova mídia: POMBOS!
Li esta materia e achei muito estranhooooo!!!!
"Agência britânica irá lançar pombos com dispositivo que envia mensagens para telefones móveis nas ruas; iniciativa conta com tecnologia do exército norte-americano.
A agência britânica Creative Orchestra desenvolveu uma nova mídia que pode desagradar a muitas pessoas: os pombos equipados com GPS que podem sincronizar-se com telefones celulares. Utilizando eletromagnetismo, as aves podem sobrevoar os locais de seus "alvos". Elas utilizariam a tecnologia Byrd, que é do Exército dos Estados Unidos, que faz com que os pombos saíram de seu percurso natural e fiquem restritos a uma região pré-definida. Com isso, o target pode ser identificado por um pombo que lhe enviaria uma mensagem digital por um equipamento colado a seus pés.
A matéria do Brand Republic diz que apesar do ineditismo da idéia de se levar mensagens comerciais por pombos, essas aves são utilizadas há décadas para carregar mensagens e suprimentos para forças militares. E o mais cômico (e vergonhoso, para nós): elas já são utilizados por gangues no Brasil para levar e receber mensagens da prisão (notícia que saiu nesta quarta-feira, 1º, em diversos jornais brasileiros).
A idéia da agência, que diz ter já dois clientes interessados, é lançar 1 mil pombos da praça Trafalgar nesta quarta-feira, para mostrar a efetividade do sistema. A agência lida com a idéia de que no verão europeu, as pessoas saem mais de casa e ficam menos no computador. Além disso, a estratégia seria uma forma mais focada de publicidade out-of-home, podendo entregar a mensagem ao consumidor por um décimo do preço de outdoors."
Com informações do Brand Republic.
Monday, April 06, 2009
Banco de Dados - "Web Profunda"
Pesquisadores tentam explorar recônditos do universo digital
Por ALEX WRIGHT
Em meados de 2008, o Google discretamente alcançou um marco: o trilionésimo endereço da sua lista. Mas, por maior que esse número pareça, ele representa apenas uma fração de toda a internet.Além desse trilhão de páginas há uma web mais vasta de dados ocultos: dados financeiros, catálogos de compras, horários de voos, pesquisas médicas e todo tipo de material guardado em bancos de dados geralmente invisíveis aos buscadores.Os desafios dos grandes mecanismos de busca para penetrarem nessa chamada "web profunda" explicam em grande parte por que eles ainda não conseguem responder satisfatoriamente a perguntas como "Qual é a melhor tarifa de voo de Nova York a Londres na próxima quinta?". Agora, está surgindo uma nova leva de tecnologias que ampliará o alcance dos buscadores até os recônditos da web. Quando isso acontecer, não só melhorará o resultado das buscas -poderá até redefinir a forma como as empresas atuam on-line.Os buscadores dependem de programas "crawlers" (rastejadores), que juntam informações seguindo as pistas dos hyperlinks que unem a rede. Embora isso funcione bem para as páginas que compõem a superfície da web, esses programas têm dificuldade em penetrar bancos de dados formulados para responderem a consultas digitadas."A web 'rastejável' é a ponta do iceberg", diz Anand Rajaraman, cofundador da Kosmix, empresa que criou um software de análise de bancos de dados que tiverem mais chances de gerarem informações relevantes, para então apresentar uma visão geral do assunto retirada de múltiplas fontes. "A maioria dos buscadores tenta ajudá-lo a encontrar uma agulha em um palheiro", disse Rajaraman. "Mas o que nós estamos tentando fazer é ajudá-lo a explorar o palheiro."O palheiro é infinitamente grande. Com milhões de bancos de dados conectados à web e incontáveis permutações de termos de busca, simplesmente não há como um buscador, por mais poderoso que seja, peneirar todas as combinações possíveis. Para extrair dados significativos da "web profunda", os buscadores têm de analisar os termos de busca do usuário e entender como mediar essas consultas junto a bancos de dados específicos.A brasileira Juliana Freire, professora da Universidade de Utah, trabalha no ambicioso projeto DeepPeep ("espiada profunda"), que pretende vasculhar e indexar todos os bancos de dados públicos da web. Extrair o conteúdo de conjuntos de dados tão díspares exige um sofisticado jogo de adivinhação informática. O DeepPeep começa fazendo um pequeno número de consultas-exemplo, "para que possamos então usar isso para ampliar nossa compreensão dos bancos de dados e escolher quais palavras procurar", disse ela. Para além da esfera das buscas para o consumidor, as tecnologias da "web profunda" podem no futuro permitir que as empresas usem os dados de um jeito novo. Por exemplo, um site de notícias locais poderia ampliar sua cobertura permitindo que os usuários consultassem registros públicos armazenados em bancos de dados do governo.
Segue uma notícia reproduzida pelo Estadão...só para constatação, pois não é nenhuma novidade, o Google quer controlar o "ciberespaço"...democracia, cadê? Os negócios, o dinheiro fala mais alto, como sempre...e por falar em Twitter, o que tem de tão diferente? Não consigo entender...me desculpem os fãs..
http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia,google-pode-estar-em-conversas-para-aquisicao-do-twitter,349664,0.htm
Sexta-feira, 3 de abril de 2009, 16:43 | Online
Google pode estar em conversas para aquisição do Twitter
Blogs especializados em tecnologia dos EUA especulam sobre possível acordo ou parceria entre serviços
Ana Conceição - Agência Estado
Tudo começou com o TechCrunch citando duas fontes que dizem que o Google estaria em negociações para comprar por mais de US$ 250 milhões uma das mais recentes sensações da internet. O valor, segundo o blog, seria menor que os US$ 500 milhões oferecidos ao Facebook alguns meses atrás. "Por quê o Google iria querer o Twitter? Temos argumentado há algum tempo que o que vale a pena no Twitter é o serviço de busca", afirmou Michael Harrington, dono do blog, que é parceiro do site do jornal Washington Post.
Uma terceira fonte disse ao TechCrunch que as discussões para aquisição ainda estão em estágio inicial e que ambas as companhias estudam trabalhar juntas em um mecanismo de buscas em tempo real.
Horas depois, o blog BoomTown, disse que a informação não procedia de acordo com "uma série de fontes". "Twitter e Google estão simplesmente engajados em discussões sobre uma parceria em serviços relacionados", disse o blog, citando uma fonte, que se referia a buscas em tempo real e o serviço de "microblog". Segundo o BoomTown haveria outras companhias interessadas na compra ou parceria com o Twitter, como a Microsoft, o Yahoo, News Corp., Time Warner, AOL, Cisco, Comcast, etc.
A popularidade do Twitter, que permite que os usuários mandem mensagens gratuitas aos amigos de até 140 caracteres, tem crescido vertiginosamente desde seu lançamento, em agosto de 2006. Até agora, contudo, o serviço não conseguiu gerar receita. Seu co-fundador, Biz Stone, disse na semana passada que espera encontrar meios de gerar caixa, incluindo a cobrança para contas comerciais, usadas por empresas. Ele afirmou que o Twitter continua focado no crescimento. Até agora, tem seis milhões de usuários. Apenas em 2008, sua taxa de crescimento foi de 900%.
Harrington, do TechCrunch, disse que se o negócio prosseguir, seria a segunda venda que os fundadores do Twitter fariam ao Google. Cinco anos atrás eles venderam o "Blogger" ao gigante de buscas. As informações são da Dow Jones.
Sunday, April 05, 2009
Para quem se interessa por cognição
Pesquisas, teorias e livros que defendem os fins terapêuticos de certos ritmos
Sérgio Augusto (Reproduzido de O Estado de S.Paulo de 04/04/09
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090404/not_imp349798,0.php
Ruim da cabeça? Angústia? Depressão? Estresse? Hipertensão? Tiques nervosos?O divã pode ser uma solução; Prozac, Zoloft, Lexotan, Rivotril, betabloqueadores também; mas o único tratamento sem contraindicação para todos esses e outros males é a música. Seus efeitos colaterais praticamente inexistem, embora crianças assustadiças não devam ser submetidas às cortantes violinadas que Bernard Herrmann compôs para o assassinato de Janet Leigh em Psicose, sob pena de perderem o sono ou, pior ainda, sofrerem um ataque de "epilepsia musicogênica" semelhante ao que vitimou um crítico musical do século 19, chamado Nikonov, em quem a ópera O Profeta, de Meyerbeer, sempre provocava convulsões. Mas patologias como a de Nikonov são raríssimas.
Música é uma bênção para o corpo e o espírito. Pura superstição aquela história de que Tristão e Isolda poderia enlouquecer seus ouvintes mais delicados. Por ir fundo às mais recônditas regiões da psique, ativando quase todo o cérebro humano, dos centros nervosos sensitivos ao córtex pré-frontal, cerebelo, hipocampo e córtex motor, a música mexe com as atividades racionais, as emoções, a memória e os movimentos do corpo humano. Indutora de dopamina, serotonina e adrenalina, ela emociona, acalma, relaxa, enleva, consola, inspira, levanta o ânimo e excita ("Ouvimos música com os nossos músculos", apregoava Nietzsche). Já se desconfiava disso desde, pelo menos, Platão.
A musicofilia é inata no ser humano. A fala, aliás, teria derivado, segundo Darwin, da música primal que nossos ancestrais semi-humanos usavam para atrair um parceiro. Os hominídeos paleolíticos já cantavam, comprovou Steven J. Mithen em seu estudo sobre a origem da música, da linguagem, da mente e do corpo, The Singing Neanderthals (Harvard University Press), publicado em 2005.
Assim como a inteligência nada tem a ver com a sensibilidade musical (do contrário, Nabokov e João Cabral de Melo Neto, dois notórios ouvidos de chumbo, não teriam feito o que fizeram), a burrice nunca foi empecilho para o desenvolvimento de algum tipo de musicalidade, ativa e passiva. Oliver Sacks refere-se a um retardado mental que sabia de cor duas mil óperas, era um "dicionário de música ambulante" e assim foi definido num capítulo de O Homem Que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, reaparecendo, com maior destaque, no recente Alucinações Musicais - Relatos sobre a Música e o Cérebro, também traduzido pela Cia. das Letras.
Muito se progrediu desde as especulações de William James sobre a nossa "suscetibilidade à música" (e suas propriedades sedativas, consolativas e emocionais) e o hype em torno do Efeito Mozart (as crianças ficariam mais inteligentes, as galinhas poriam mais ovos e as vacas dariam mais leite se expostas a longas audições de sinfonias e concertos do Wolfgang Amadeus). Sobretudo no campo científico, graças à dobradinha neurociência-informática, que tornou possível estudar e monitorar a complexa orquestração dos milhões de neurônios que compõem o cérebro.
Datam de meados dos anos 1960 as primeiras observações de Sacks sobre os efeitos da música em pacientes com doença de Parkinson. O estudo pioneiro de Macdonald Critchley e R.A. Henson sobre as relações da música com o cérebro, Music and the Brain, foi publicado em 1977. Mas as pesquisas nesse campo atingiram novo patamar na Universidade Médica Paracelsus de Salzburgo, na Áustria, onde a dra. Vera Brandes implantou um programa de pesquisas sobre música e medicina. Com ela, a musicoterapia ganhou (ou está prestes a ganhar) uma farmacologia.
Nada em frascos, bem entendido. Nem comprimidos, nem cápsulas, nem gotas, nem injeções de Beethoven (ou de Mantovani), nem emulsões de Scott Joplin ou soros hardrock punk estão previstos. Florais de Bach? Já bastam os que o dr. Edward Bach legou à homeopatia. O que de benéfico Johann Sebastian nos tem a oferecer está em suas fugas - e, a exemplo dos benefícios à saúde proporcionados por outros músicos e compositores, contido num artefato de armazenamento digital de áudio. É "remédio" de aplicação exclusivamente auricular, capaz de fazer nosso cérebro zunir com intensa atividade neural.
"Ouvir música de qualidade e frequentar concertos com certa regularidade rejuvenesce as pessoas", promete o dr. Michael F. Roizen, do Wellness Institute da Clínica de Cleveland, que admira e acompanha o trabalho da dra. Brandes. "Música de qualidade alivia o estresse, retarda o envelhecimento das artérias e ajuda a enfrentar fatores ambientes adversos e cancerígenos, benefícios que assistir a competições esportivas, por exemplo, não oferece", assegurou ele no congresso Mozart & Ciência, realizado em Viena, em novembro passado.
Até pode ser, mas o conceito de "música de qualidade" é relativo. O produtor de discos e neurocientista Daniel J. Levitin, autor de um livro excelente e delicioso de ler sobre o funcionamento do cérebro sob o efeito de sons harmoniosos e dissonantes, This Is Your Brain on Music (Palmer, 2006), tem uma visão bem mais eclética da sedução e da eficácia terapêutica da música. Suas análises não se limitam aos clássicos; cobrem também o jazz, o pop e o rock; de Abdul (Paula) a Zeppelin (Led). A música que me encanta e constaria da minha receita pode não ser a mesma de que o prezado (& angustiado & deprimido & estressado) leitor prefere e talvez precise aplicar em sua complexa máquina cognitiva.
Os mais estranhos sortilégios da música estão registrados em toda parte. Em seu último livro, Oliver Sacks registra dois casos extremos de musicofilia: o de um ortopedista que aprendeu música depois de atingido por um raio e o de um musicólogo inglês que teve toda a memória apagada, menos a musical. Tony Cicoria, o ortopedista atingido por um raio, saiu do choque com uma vontade louca de ouvir piano, especialmente Chopin, e em questão de meses, partindo do zero, transformou-se num pianista. Clive Wearing, o musicólogo que uma infecção meningocócica condenou à amnésia, não se lembra de nada, só das músicas que ouviu desde a infância. O próprio Sacks recuperou-se das dores num joelho avariado nas montanhas norueguesas ouvindo repetidas vezes o Concerto para Violino, de Mendelssohn.
A dra. Vera Brandes, ex-produtora de shows e concertos, responsável pelos célebres improvisos ao piano de Keith Jarrett em Colônia, em 1975, descobriu sua vocação para farmacologista musical ("a primeira do ramo", vangloria-se) quando se recuperava de um acidente de carro. Dividia o quarto do hospital com um budista, cujos parentes e amigos já entravam no recinto cantando e dançando. Vera sarou em duas semanas. A previsão era de meses.
"Só pode ter sido efeito da música", matutou. E começou a desenvolver "medicações" em forma de música, pesquisando, misturando e balanceando temas, ritmos, timbres e sonoridades, em "compostos medicinais". Primeira cobaia: sua mãe, vítima de câncer. Não a curou, claro, pois o poder de toda a escala musical não chega a tanto, mas ela durou muito mais tempo do que o previsto pelos médicos.
Para comercializar sua teoria, a dra. Brandes criou uma empresa, Sonoson, especializada em montar sistemas musicais personalizados para clínicas, que chegarão aos mercados alemão e austríaco no segundo semestre deste ano e ao americano, em 2010. Funciona assim: o paciente, depois de diagnosticado por seu médico, recebe uma espécie de iPod abarrotado de músicas, testadas em laboratório e com estímulos específicos, mais um fone de ouvido e um medidor de pulso para registrar batimentos cardíacos e outros índices fisiológicos. Parece musak de manipulação, homeopatia sonora, e é inútil, alerta a doutora, no combate a patologias complicadas e doenças infecciosas, mas tiro e queda para desordens psicossomáticas e o que ela qualifica de "doenças da civilização": ansiedade, depressão, insônia e certos tipos de arritmia.
Experiência similar ocorreu ao psicólogo americano Jeff Berger, que, a partir de dados sobre as influências da atividade musical no cérebro, fornecidos pelo dr. Gottfried Schlaug, neurologista da Escola de Medicina de Harvard, criou na internet uma emissora de rádio alternativa (sourcetone.com), "o primeiro serviço de saúde musical do mundo". Seu objetivo é promover o relaxamento, aumentar o vigor, estimular a criatividade e restaurar a felicidade dos ouvintes. Não tive tempo suficiente para testar sua eficácia. Cliquei a opção calmo/tranquilo, e na caixa de som do meu computador entrou Sade (Bullet Proof Soul), a seleção Rhythm & Blues, e , depois, Debussy (a seleção clássicos do século 20) e Joni Mitchell (jazz vocal). Não fiquei mais relaxado, nem mais criativo (de que este texto é uma prova cabal), mas meus tímpanos não se sentiram agredidos, um consolo.
Tentarei mais uma vez. Já me darei por satisfeito se diminuir a insônia.
Saturday, April 04, 2009
O futuro do jornalismo (mais uma visão)
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=530IMQ005
O leitor editor de si mesmo
Por Nicholas D. Kristof em 24/3/2009
Alguns obituários hoje em dia não estão nos jornais, mas são de jornais. O Seattle Post-Intelligencer é o falecido mais recente, exceto por um remanescente que existirá apenas no ciberespaço. E o público está buscando cada vez mais suas notícias, não nas redes de televisão abertas ou na imprensa escrita, mas garimpando online.
Quando vamos para a internet, cada um de nós se torna seu próprio editor, seu próprio vigia. Nós selecionamos o tipo de notícia e de opiniões que mais nos interessam.
Nicholas Negroponte, do Massachussets Institute of Technology (MIT), chamou esse produto noticioso emergente de The Daily Me (O Eu Diário, em tradução literal). E, se essa é a tendência, que Deus nos proteja de nós mesmos.
É por isso que há excelentes evidências de que nós geralmente não queremos de fato boa informação – mas, antes, informação que confirme nossos preconceitos. Podemos acreditar intelectualmente no choque de opiniões, mas, na prática, gostamos de nos abrigar no útero reconfortante de uma câmara de eco.
Um estudo clássico enviou mailings a republicanos e democratas oferecendo-lhes vários tipos de pesquisa política, ostensivamente de uma fonte neutra. Ambos os grupos se mostraram mais propensos a receber argumentos inteligentes que corroborassem fortemente suas visões preexistentes.
Houve também um modesto interesse em receber argumentos manifestamente tolos das visões do outro partido (nos sentimos bem quando podemos caricaturar os outros caras como estúpidos). Mas houve pouco interesse para encontrar argumentos sólidos que pudessem minar nossa própria posição.
Pensamentos semelhantes
Essa descoberta geral foi reproduzida repetidamente, como observou o ensaísta e escritor Farhad Manjoo em seu livro sensacional no ano passado: True Enough: Learning to Live in a Post-Fact Society (Verdade em termos: aprendendo a viver numa sociedade pós-fato, em tradução livre).
Permitam-me tirar uma coisa do caminho: eu mesmo às vezes sou culpado de uma busca da verdade seletiva na internet. O blog a que recorro para insights sobre o noticiário do Oriente Médio é, com frequência, o do professor Juan Cole, porque ele é inteligente, bem informado e sensato – em outras palavras, eu frequentemente concordo com ele. Sou menos propenso a ver o blog de Daniel Pipes, outro especialista em Oriente Médio que é inteligente e bem informado – mas que me parece menos sensato, em parte porque em geral discordo dele.
O efeito do The Daily Me seria nos isolar ainda mais em nossas próprias câmaras políticas hermeticamente fechadas. Um dos livros mais fascinantes do ano passado foi The Big Sort: Why the Clustering of Like-Minded America is Tearing Us Apart (A grande seleção: por que o agrupamento dos EUA que pensam igual está nos esfacelando, em tradução livre), de Bill Bishop. Ele argumenta que os americanos estão se segregando cada vez mais em comunidades, clubes e igrejas em que estão rodeados por pessoas que pensam como eles.
Quase metade dos americanos vive hoje em condados [municípios] que votam esmagadoramente ou em democratas ou em republicanos, diz ele. Nos anos 1960 e 1970, em eleições nacionais igualmente disputadas, somente cerca de um terço vivia em condados com essa característica.
"A nação se torna mais politicamente segregada – e o benefício que deveria advir de uma diversidade de opiniões é perdido para a correção que é a prerrogativa especial de grupos homogêneos", escreve Bishop.
Um estudo envolvendo 12 nações revelou que os americanos são os menos propensos a discutir política com pessoas de visões diferentes, e isso foi particularmente verdade para os bem educados. Os alunos que abandonaram o segundo grau tiveram o grupo mais diversificado de colegas de discussão, enquanto os egressos de universidades trataram de se proteger de perspectivas desconfortáveis.
O resultado disso é polarização e intolerância. Cass Sunstein, um professor de Direito de Harvard que agora trabalha para o presidente Barack Obama, realizou uma pesquisa mostrando que quando liberais ou conservadores discutem questões como ação afirmativa ou mudança climática com pessoas que pensam da mesma maneira, suas visões se tornam rapidamente mais homogêneas e mais extremadas do que antes da discussão.
Por exemplo, alguns liberais, em um estudo, inicialmente se preocupavam com a possibilidade de que ações sobre a mudança climática pudessem prejudicar os pobres, enquanto alguns conservadores foram simpáticos a uma ação afirmativa. Mas, após discutirem a questão com pessoas de pensamentos parecidos por apenas 15 minutos, os liberais ficaram mais liberais e os conservadores, mais conservadores.
Esforço diário
O declínio da mídia noticiosa tradicional acelerará a ascensão de The Daily Me, e nós ficaremos menos irritados com o que lemos e teremos a nossa sabedoria confirmada com mais frequência. O perigo é que essas "notícias" selecionadas por nós mesmos atuam como narcóticos, nos embalando num estupor autoconfiante pelo qual percebemos em pretos e brancos um mundo que tipicamente se desenrola em cinzentos.
Então, qual é a solução? Deduções fiscais para liberais que assistirem a Bill O´Reilly ou conservadores que assistirem a Keith Olbermann? Não, até que Obama nos dê um serviço de saúde universal, não podemos nos arriscar a um forte aumento nos ataques cardíacos.
Então, a única maneira de avançar talvez seja cada um de nós se esforçar para elaborar intelectualmente com parceiros adversários cujas visões deplora. Pense nisso como um exercício mental diário análogo a uma ida à academia; se você não malhar até suar, não conta.
Agora me deem licença que vou ler a página editorial do Wall Street Journal.
Monday, March 30, 2009
Uma reflexão sobre o futuro do jornalismo
Vale a pena refletir. O que acharam?
Com crise da imprensa, profissionais questionam futuro do jornalismo
André Rosa, de São Paulo
Entusiasta dos modelos de colaboração na Internet, o jornalista e diretor da The Information Company nos EUA Pedro Augusto Costa publicou, no site InvestNews, um artigo sobre a sustentabilidade financeira da Wikipedia. Antes, tratou de convidar usuários do site Wikimedia no Brasil, para corrigir e ajustar o texto.
Cerca de 30 colaboradores o ajudaram a aprimorar o conteúdo do artigo - que, em um dos trechos, afirma: a Wikipedia, reunindo conhecimento de forma prática e ágil, está tomando o lugar dos jornais. "Todo mundo gera conteúdo e compete com você, e essa mudança está vindo de uma forma muito rápida", complementa Costa, profissional acostumado a "separar o joio do trigo" há 30 anos.
Nesse cenário onde artigos sobre ciência, economia ou tecnologia podem ficar melhores se escritos a várias mãos, em uma conversa onde leitores e espectadores participam da produção editorial, qual o papel de quem está acostumado a filtrar o que interessa? "E pra que esse profissional?", devolve Costa, questionando a necessidade do jornalista.
"Se todo mundo está convidado a ser jornalista, as pessoas ainda vão precisar de alguém que escolha suas notícias? Será que existirão repórteres daqui a cinco, seis anos? O jornalismo é uma atividade muito bonita para ficar apenas nas mãos dos jornalistas", provoca.
Outras vozesO debate sobre o futuro do jornalismo aumentou nas últimas semanas, coincidindo com as notícias sobre a crise nos jornais impressos, sobretudo nos EUA. Discurso similar ao de Pedro Costa, sobre a falta de otimismo da imprensa norte-americana, tem o colunista de O Estado de S. Paulo Pedro Doria.
Seu ponto de vista, que rendeu 140 manifestações em seu blog, Doria lembra que os números indicam aumento na circulação de jornais, mas por uma conjuntura econômica. Isso quer dizer, em suas palavras, que "os grandes grupos de mídia brasileiros têm mais tempo do que os norte-americanos para enfrentar as mudanças que já estão acontecendo".
Pedro Costa lembra que, diante desse impacto, a imprensa ainda não encontrou um modelo viável para pagar seus custos. "A mídia sabia que isso aconteceria e não fez nada para mudar, não se preparou para este futuro. E ainda é impossível dizer qual a alternativa para isso", conclui. Para Doria, três modelos estão sendo analisados: a publicidade, a existência de fundações mantenedoras e doações do público.
Autor do blog de sugestivo nome "O Jornalismo Morreu!", o professor do curso de Comunicação do Centro Universitário Una Jorge Rocha convidou jornalistas para analisar este panorama. Ao final, uma pergunta permanece sem resposta: "então, a partir daqui, para onde é que nós vamos?".
Entre tantas incertezas, a constatação de Pedro Costa é: "precisamos nos adaptar".
IN:http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D51463%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D123636624400%26fnt%3Dfntnl
20/03 - 18:38
Dinheiro, prá que dinheiro
New York, 20 de março de 2009 - Para o quinto website mais visitado do mundo, a Wikipedia , a enciclopédia colaborativa que busca reunir todos os conhecimentos do ser humano, dinheiro não é tudo na vida. Seu fundador, Jimmy Wales, um ex-trader de opções de Chicago, bem que tentou atrair patrocinadores no início da operação, mas foi rechaçado pelos hoje milhares de colaboradores que nutrem cerca de 12 milhões de páginas sobre tudo - ou quase tudo - que existe na Terra, em mais de 250 línguas. Por que? A verdade é que a Wikipedia não é apenas resultado de um sonho coletivo de conhecimentos livres para nós, terráqueos, mas é também uma amostra do movimento que nasce neste terceiro milênio: sem chefes ou empregados, sem prédios ou telefones, mas onipresente 24 horas por dia, 7 dias por semana, onde o cliente é o centro do universo e a mercadoria não é propriedade de um único dono.
Só tem um probleminha. Sem dinheiro, como esta conta fecha? Esta é a pergunta que não quer calar. Todos os projetos em volta desta nunca vista base de conhecimento, que inclui o Wikibooks, Wikiquote ou Wikinews, são sustentados por uma fundação, a Wikimedia Foundation , que está em San Francisco, mas que por motivos de segurança pouca gente sabe onde está. A Fundação recebe doações que dão para pagar a infraestrutura de rede e seus 25 funcionários, mas está pesquisando formas de rentabilizar a base de dados com projetos empresariais. Este mergulho no mercado é feito com extrema discrição e ética, mas o objetivo da organização é um mundo onde qualquer pessoa terá livre acesso à soma do conhecimento humano. O dinheiro, assim, tornou-se uma barreira que foi transposta com trabalho colaborativo e voluntário.
No documentário Join Us , da Tv Ideal, do Grupo Abril, a Wikipedia é mostrada como o centro do mundo colaborativo, que só surgiu com o advento da Internet. Andrew Lih, um ex funcionário da organização que acaba de lançar o livro "The Wikipedia Revolution ", explica seu sucesso como um "resultado natural" das forças do mercado. "O website tornou-se um fenômeno instantâneo por causa da oferta e demanda - conteúdo equilibrado e confiável é uma commodity rara, e com alta demanda", diz ele. E mais: "a Internet tem gente ansiosa para dividir conhecimentos profundos sobre qualquer coisa, mas até então este povo estava disperso geográfica e logisticamente - A Wikipedia simplesmente apareceu como um espaço para abrigar todo este conhecimento".
Pouca gente fala, no entanto, de outro fenômeno: A Wikipedia, reunindo conhecimento de forma prática e ágil, está tomando o lugar dos jornais. O jornalista Jonathan Dee, do The New York Times, comentou o fato de que o site não é apenas uma enciclopédia on line, mas também fonte de notícias sempre atualizada. Já tornou-se lenda o fato de que a Wikipedia furou a mídia tradicional dando em primeira mão a notícia de morte de gente famosa, como o apresentador da NBC Tim Russell, que sofreu um ataque de coração fulminante.
Quem está contra a Wikipedia? Algumas pessoas que criticam certas distorções ou mentiras em determinadas páginas - como o fato da cantora Britney Spears ter o mesmo espaço que o filósofo Sócrates, ou muitos professores que identificam pesquisas e deveres-de-casa dos estudantes copiados literalmente do site, sem nenhuma outra fonte. Mesmo a cópia sendo permitida pela licença da enciclopédia, a própria comunidade não aconselha essa atitude, pois eles não consideram a Wikipedia como fonte primária. Quanto a revista Time elegeu VOCÊ como a pessoa do ano em 2006, citou o sucesso da colaboração online e a interação de milhões de pessoas ao redor do mundo. É o que a Wikipedia representa.
(Pedro A. L. Costa - Dirige a The Information Company nos Estados Unidos.(pedro@theinformationcompany.net)
Fonte: site da Invest News
Friday, March 27, 2009
Coluna do Ethevaldo Siqueira sobre interfaces
Novas interfaces, intuitivas e humanizadas
29 de março de 2009 QUE É INTERFACE? HUMANIZAÇÃO BIOMETRIA
A tecnologia digital busca hoje todos os meios para humanizar as interfaces – isto é, nossa relação com as máquinas. Há muitos exemplos para ilustrar essa tendência. As modernas telas de toque (touchscreens) criam uma relação muito mais intuitiva e amigável entre usuários e seus celulares, como o iPhone e seus concorrentes. Ou entre usuários e os novos notebooks ou desktops recém-lançados pela HP. Algumas dessas telas reconhecem até gestos, traduzindo-os em comandos aos aparelhos – ampliando, reduzindo, deslocando, empilhando e editando gráficos, textos e imagens.
A Toshiba japonesa apresentou recentemente um protótipo de televisor e monitor que pode ser operado apenas com movimentos das mãos e dos braços do usuário, feitos à distância de até 4 metros, diante do aparelho e detectados por minúsculas câmeras de vídeo embutidas nesse equipamento. É um tipo de comando quase mágico que reconhece movimentos (Spatial Motion Interface). Em lugar de usar o tradicional controle remoto, o usuário apenas faz movimentos com a mão e com os braços, diante do televisor, para selecionar canais, acessar a internet, organizar arquivos e fotos ou editar apresentações audiovisuais.
O comando de voz é outra interface que já está suficientemente evoluída para substituir os teclados tradicionais de centenas de dispositivos e aparelhos elétricos e eletrônicos. Nos últimos anos, passamos a usar formas avançadas de identificação biométrica, pela voz, impressões digitais, íris ou fisionomia, em incontáveis situações, em especial nos projetos de casa digital.
Interface é o conjunto de meios (hardwares e softwares) que nos permitem estabelecer relação com as máquinas. Vivemos uma época de humanização das interfaces. Graças à adoção de novos materiais e tecnologias, torna-se cada dia mais intuitivo e amigável nosso contato diário com computadores, celulares, iPods, televisores, câmeras digitais, automóveis, consoles de videogames, sistemas de áudio e vídeo ou softwares aplicativos.
Como usuário, tenho muitas queixas em relação às interfaces pouco amigáveis que encontramos em dezenas de aparelhos eletrônicos ou dispositivos do mundo digital. Reconheço, no entanto, o avanço extraordinário já obtido e incorporado pela maioria dos equipamentos eletrônicos nos últimos anos.
Nos computadores pessoais, a interface gráfica de usuário (Graphic User’s Interface ou GUI) é a mais largamente conhecida e a que tornou realmente fácil e amigável o uso de todos os aplicativos e programas dessas máquinas. A GUI teve papel relevante na popularização da maioria dos softwares de PCs ao longo dos anos 1980 e 1990. Quando usamos essa interface de ícones, clicando-os com um mouse nos computadores pessoais, nem sempre nos lembramos de que ela foi adotada nos anos 1980, primeiramente pelos computadores Lisa e Macintosh da Apple e depois pelos PCs, com sistemas operacionais Windows, da Microsoft.
Mas é preciso lembrar que não foi a Apple que criou nem o mouse nem a interface gráfica de usuário dos computadores Lisa e Macintosh. Seus criadores foram Alan Kay e Douglas Engelbart, pesquisadores do laboratório de pesquisas da Xerox, o Palo Alto Research Center (Parc).
No processo de simplificação e humanização das interfaces, nada parece mais lógico e eficaz do que o comando verbal, com a sintetização da voz (voice synthesizing) combinada com o reconhecimento da fala (speech recognition), para que se possa estabelecer o diálogo homem-máquina. Na prática, no entanto, a maioria das pessoas resiste a esse diálogo. Ouvi de um jovem, uma frase que resume a questão com precisão: “Me sinto um débil mental, conversando com as máquinas”.
Há pelo menos 20 anos, a indústria tenta introduzir, sem grande sucesso, as interfaces de voz humana ou, no jargão, as linguagens de alto nível mais próximas da linguagem humana. Nos primeiros anos, a razão principal desse insucesso talvez fosse a baixa qualidade dos softwares de voz sintética e de reconhecimento da fala. No entanto, mesmo com a evolução extraordinária dessa tecnologia, a maioria das pessoas não se entusiasma por esse tipo de interface, pelo menos se houver alternativas convencionais, como o velho teclado. A experiência dos celulares com comando de voz é uma prova disso.
O uso de características do próprio corpo humano – impressões digitais, a palma da mão, a íris, a fisionomia (rosto) ou a voz –, embora desperte curiosidade como forma high-tech de interface, encontra também resistências por parte de muitos usuários. Uma voz rouca por resfriado acaba, às vezes, impedindo a abertura de uma porta ou o reconhecimento de uma pessoa. Pequenas alterações da fisionomia, resultantes do envelhecimento do usuário, por exemplo, podem inviabilizar seu reconhecimento pela máquina ou sistema de segurança.
Pelo que vemos, nem todo esforço de humanização e de simplificação, é aceito pelo consumidor. O leitor conhece dezenas de pessoas que preferem o câmbio manual dos automóveis e não se entusiasmam pelo câmbio automático.
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Wednesday, March 25, 2009
O primeiro é "Um Antropólogo em Marte", onde o autor, o neurologista inglês Oliver Sacks, relata alguns casos clínicos muito interessantes relacionados ao modo que interpretamos a realidade através da visão e outros sentidos.
O outro livro que vale a pena, também de Oliver Sacks, é "A Ilha dos Daltônicos". Neste o daltonismo é o objeto de pesquisa do autor que viaja atrás de respostas a respeito de dados levantados sobre a população de uma ilha do pacífico. É muito interessante, espero que gostem. Ambos são da Companhia das Letras, não é difícil de encontrar. Como o Walter diz sempre nas aulas, às vezes pode parecer viagem falar sobre assuntos específicos como esses, mas se "colocarmos tudo na balança" é fácil estabelecer as ligações.
Abraço
Realidade aumentada ou "hiper face"
Para quem não conhece a "realidade aumentada", ou para alguns "hiper face", vale a pena os dois links abaixo. Nunca tinha visto nada igual. E o mais interessante é que é um sistema relativamente barato... Abs!
Realidade aumentada 1 e 2.
Tuesday, March 24, 2009
PDFs da aula do dia 24 de março
O conteúdo sobre Percepção
Livros base:
Mallot H A, Allen J S - Computational Vision, Information Processing in Perception and Visual Behavior, 2nd Ed, 2000, 296p, MIT Press
Morgan Kaufmann - Information Visualization - Perception for Design, 2nd Ed - 2004
Springer - Perception And Illusion Historical Perspectives (2005
O conteúdo inicial sobre Paradigmas da Interação
Livro base :
HEIM, Steven. The Resonant Interface: HCI foundations for interaction design, Addison Wesley, 2008
Monday, March 23, 2009
Tenha fé...
"Não importa qual a religião, o importante é praticá-la"O neurocientista americano Andrew Newberg defende que orar e meditar podem trazer benefícios à saúde
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI65037-15224,00-NAO+IMPORTA+QUAL+A+RELIGIAO+O+IMPORTANTE+E+PRATICALA.html
Sunday, March 22, 2009
Esmola na era da modernidade
http://vakinha.uol.com.br/
Fiquei espantada quando vi!
Muito mais que uma chave
Thursday, March 19, 2009
LTE: O próximo passo depois do 3G
Li esta reportagem no Meio & Mensagem e achei muito interessante. Alguém já ouviu falar na LTE? Agilizaria muito!!!
"Em breve, a sigla LTE começará a se tornar popular e ganhar espaço nas discussões sobre o acesso à banda larga por meio de aparelhos móveis. Trata-se do Long Term Evolution, protocolo adotado como a próxima evolução da família GSM, a evolução do 3G, e que tem como principal característica o acesso à banda larga de altíssima velocidade às redes móveis.
Para ter idéia, o 3G tem velocidade média de 7.2 Mbps dentro da arquitetura HSPA (High Speed Packet Access). A Vodafone, no ano passado, lançou uma versão beta de 21.6 Mbps, considerada a mais rápida do mundo.
No LTE que opera na faixa de 2,6 GHz, a rede suporta transmissões de dados com velocidade de até 300 Mbps, aumentando sobremaneira a eficiência de downlinks e uplinks.
Na edição 2009 do Mobile World Congress, os principais fabricantes já apresentaram em seus estandes alguns protótipos do LTE, que tem previsão de lançamento comercial em 2010.
No estande da LG foi apresentada a transmissão de streaming de vídeo em HD através de uma ERB LTE da Nortel. A Ericsson também montou uma minirrede LTE em seu espaço na feira e demonstrou o download de um arquivo de 200 Mb em menos de dez segundos. O mesmo fizeram a Nokia Siemens Networks e a NTT Docomo, maior operadora de celular do Japão,
Para o mercado brasileiro ainda não há previsão de lançamento de LTE, já que ainda estamos consolidando o 3G. Além disso, a crise financeira mundial deverá adiar os investimentos necessários para o desenvolvimentodo HSPA."
Wednesday, March 18, 2009
Sites têm mesmo peso que noticiário de TV
Foram entrevistados 2.000 internautas nos três países, 500 deles no Brasil. Destes, 300 pertencem ao público em geral, boa parte deles com renda de até R$ 2,1 mil ao mês. Outros 200 são considerados "influenciadores" (pessoas que expressam sua opinião em algum meio de comunicação ou atuam em grupos sociais).
Só no mercado brasileiro, as ferramentas de busca receberam tanto destaque na resposta à pergunta: "Com exceção de publicidade, quais fontes de informação você leu, assistiu, ouviu ou usou no último mês?". Quando a pesquisa dimensionou qual a fonte de informação buscada em primeiro lugar pelo usuário no Brasil, a internet superou de longe a televisão: 53% do público em geral acessa primeiro a web, contra 30% que consideram a TV como fonte primária.
Entre os influenciadores, a distância é ainda maior: 78% vão para internet e 14% buscam a televisão.
Quando se trata de público em geral, outros meios são utilizados com bem menos intensidade como primeira forma de ficar informado: jornal (6%), rádio (5%), amigos e família (3%) e mídia móvel (1%).
As informações são do jornal Valor Econômico.
Tuesday, March 17, 2009
Ranking global de sites
Por exemplo, entre os 50 sites mais acessados no mundo hoje, 2 são de conteúdo exclusivamente porno, curioso, não? No Brasil, os top 4 são Google, Orkut, Windows Live e UOL.
Abs!
PDFs da aula do dia 17 de março
O conteúdo overview sobre Cognição
O conteúdo inicial sobre Percepção/Linguagem
O texto base :
KIHLSTROM, John. F.; PARK, Lillian. Cognitive Psychology, Overview. In: Encyclopedia of Human Brain, Elsevier,2002 pags 839 - 853
Quem desejar, tem duas revistas brasileiras interessantes:
Editada pela Duetto, a revista Mente Cérebro (braço da Scientific American) lançou a edição especial "Armadilhas da Percepção". Grande parte dos textos pertencem ao casal de pesquisadores Vilayannur S. Ramachndran e Diane Rogers-Ramachandran, do Centro do Cérebro e da Cognição da Universidade da Califórnia, em San Diego.
Por R$ 12,90 (no ano passado), o leitor pode penetrar em universo de interações entre percepção, sistema visual, leis da física e estética.)
Edição Especial da Scientific American -> Percepções
O texto base :
KIHLSTROM, John. F.; PARK, Lillian. Cognitive Psychology, Overview. In: Encyclopedia of Human Brain, Elsevier,2002 pags 839 - 853
Monday, March 16, 2009
Confiram um trecho em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64069-15228,00-O+TWITTER+VE+E+MOSTRA+TUDO.html
Abraços!
Wednesday, March 11, 2009
Os mestres da animação
Recomendo a todos o documentário The Pixar Story, em cartaz nos canais HBO. Nas quase 2 horas de exibição pude ver a trajetória de desenhistas, engenheiros e cineastas em busca de ferramentas para aprimorar a produção da animação norte-americana. A então produtora começou sua história de sucesso depois de contratar um desenhista recém-demitido da Disney, receber um belo cheque de Steve Jobs e investir tudo o que tinha no desenvolvimento da tecnologia para fazer ‘desenhos’. As dificuldades encontradas durante o processo de execução eram resolvidas depois de muito estudo, pesquisa e criação de novos programas de computador.
Um antigo desenhista da Disney, convidado a participar do documentário, disse que tinha medo de ser substituído pela nova tecnologia que se apresentava. E o mais interessante nisso é que, no caso da animação, nada do que foi criado até agora teve a capacidade de substituir os traços, a imaginação e o entusiasmo do homem em dar vida a histórias que só acontecem em nossas cabeças.
Vale a pena
Clique aqui para ver trechos do documentário
Abraços
Tuesday, March 10, 2009
Robô programado para amar tem "ataque obsessivo"
Na última aula falávamos sobre a maneira como o ser humano está lidando com algumas coisas que até pouco tempo atrás eram instintivas - a busca de cursos para ser gentil, aulas de amamentação, personal friend (sim, isso já existe, por mais absurdo que parece alugar alguem para ser seu amigo), etc.
Vi esta notícia e achei no minímo curiosa: o que dizer de um robô programado para amar, e que, de repente tem um ataque de ciúmes e saudade?
Se estamos recorrendo à tecnologia para recuperar sentimentos e percepções humanas, eles já estão quase nos alcançando, rs.
Espero que gostem:
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3623003-EI8328,00-Robo+programado+para+amar+tem+ataque+obsessivo.html